INCLUSÃO X INTEGRAÇÃO
INCLUSÃO
A inclusão Social, segundo Sassaki (1997) refere-se ao “...processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente , estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas,decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos”
INTEGRAÇÃO
A integração escolar, cuja metáfora é o sistema de cascata, é uma forma condicional de inserção em que vai depender do aluno, ou seja, do nível de sua capacidade de adaptação às opções do sistema escolar, a sua integração, seja em uma sala regular, uma classe especial, ou mesmo em instituições especializadas. Trata-se de uma alternativa em que tudo se mantém, nada se questiona do esquema em vigor. Integrar-se é um caminho de mão única: cabe à pessoa com deficiência modificar-se para poder dar conta das exigências da sociedade.
INCLUSÃO X INTEGRAÇÃO
Segundo Werneck, a Integração Escolar remete à idéia de uma inserção parcial e condicionada às possibilidades de cada pessoa, enquanto que o processo de Inclusão refere-se a uma forma de inserção radical e sistemática, total e incondicional, de toda e qualquer criança no sistema escolar comum.
Principais implicações práticas que os dois movimentos suscitaram no ambiente escolar
Inclusão
Nesse sentido, as escolas inclusivas propõem um modo de constituir um sistema educacional que considere as necessidades de todos os alunos e que seja estruturado em virtude dessas necessidades. A proposta inclusivista, assim, provoca uma ampliação na perspectiva educacional, dentro do contexto escolar, já que sua prática não prevê apenas o atendimento aos alunos que apresentam dificuldades na escola. Além disto, o trabalho educacional desenvolvido dentro do paradigma da inclusão apóia a todos os que se encontram envolvidos no processo de escolarização: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral (Mantoan, 1997). A proposta da Inclusão exige uma transformação radical da escola, pois caberá a ela adaptar-se às necessidades dos alunos, ao contrário do que acontece atualmente, quando são os alunos que devem adaptar-se ao modelo e expectativas da escola. Se a meta do processo de Inclusão é que todo e qualquer educando esteja inserido na escola comum, então, a escola inclusivista deve estar preparada para oferecer um ambiente propício ao desenvolvimento das potencialidades de todos os tipos de alunos, com qualquer que seja sua deficiência, diferença, déficit ou necessidades individuais (Werneck, 1997; Semeghini, 1998). Essas novas atitudes e formas de interação na escola dependem de fatores, tais como: o aprimoramento da capacitação profissional dos professores em serviço; a instituição de novos posicionamentos e procedimentos de ensino, baseados em concepções e práticas pedagógicas mais modernas; mudanças nas atitudes dos educadores e no modo deles avaliarem o progresso acadêmico de seus alunos; assistência às famílias dos alunos e a todos os outros que estejam envolvidos no processo de inclusão. Todas estas mudanças, na opinião de Mantoan (1997;1998),não devem ser impostas, ao contrário, devem resultar de uma conscientização cada
vez mais evoluída de educação e de desenvolvimento humano.
Integração
A integração escolar/social pouco ou nada exige da sociedade em termos de modificação de atitudes, de espaços físicos, de objetos e de práticas sociais. A sociedade cruza seus braços e aceita o deficiente desde que ele se torne capaz de adaptar-se ao seu contexto social e às formas de desempenhar os papéis sociais necessários. O processo de integração, nesse modelo, é representado por uma estrutura denominada “sistema de cascata”, em que é oferecido ao deficiente um ambiente menos restritivo possível, em todas as etapas da integração, com a garantia desse aluno poder transitar ao longo do “sistema”. O mainstreaming“ trata-se de uma concepção de integração parcial, porque o sistema de cascata prevê serviços segregados que não ensejam o alcance dos objetivos da normalização. Os alunos que se encontram em serviços segregados raramente se deslocam para outros menos segregados (Mantoan, 1998b). O sistema de cascata e as políticas de integração no modelo mainstreaming, em muitos casos, acabam sendo usados pela escola para ocultar o seu fracasso em relação a alguns alunos, isolando-os e só integrando aqueles que não constituem um desafio à sua competência (Doré et al.,1996). A seleção dos alunos que se enquadram nas situações de mainstreaming é feita utilizando-se um processo de avaliação e seleção (supostamente “objetivo”), que irá apontar quais serão elegíveis para serem integrados. Entretanto, a objetividade desse processo é questionável e os critérios utilizados, em muitos casos, são subjetivos, arbitrários e inadequados para revelar a real condição daquele aluno.
# As escolas têm uma proposta Integracionista ou inclusivista?
A maioria das escolas ainda têm uma proposta Integracionista. Infelizmente, o aluno é que se adaptar às exigências escolares. Ele é considerado único responsável pelo seu fracasso, ou seja, o fracasso não é visto como responsabilidade de todos.
# No âmbito da atuação do professor, o que falta para que cheguemos na realidade da Inclusão Escolar ?
Falta o professor ter consciência quanto à sua responsabilidade pela aprendizagem de seus alunos, sejam eles deficientes ou não. Mas para isso, antes de tudo, é necessário que se abandonem os rótulos, as classificações. À medida que todos os professores acolherem, educarem e ensinarem, respeitando as diferenças individuais, principalmente, estimulando o desenvolvimento da capacidade de seus alunos em aprender a aprender, a Inclusão Escolar poderá se tornar uma realidade.
INCLUSÃO
A inclusão Social, segundo Sassaki (1997) refere-se ao “...processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente , estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas,decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos”
INTEGRAÇÃO
A integração escolar, cuja metáfora é o sistema de cascata, é uma forma condicional de inserção em que vai depender do aluno, ou seja, do nível de sua capacidade de adaptação às opções do sistema escolar, a sua integração, seja em uma sala regular, uma classe especial, ou mesmo em instituições especializadas. Trata-se de uma alternativa em que tudo se mantém, nada se questiona do esquema em vigor. Integrar-se é um caminho de mão única: cabe à pessoa com deficiência modificar-se para poder dar conta das exigências da sociedade.
INCLUSÃO X INTEGRAÇÃO
Segundo Werneck, a Integração Escolar remete à idéia de uma inserção parcial e condicionada às possibilidades de cada pessoa, enquanto que o processo de Inclusão refere-se a uma forma de inserção radical e sistemática, total e incondicional, de toda e qualquer criança no sistema escolar comum.
Principais implicações práticas que os dois movimentos suscitaram no ambiente escolar
Inclusão
Nesse sentido, as escolas inclusivas propõem um modo de constituir um sistema educacional que considere as necessidades de todos os alunos e que seja estruturado em virtude dessas necessidades. A proposta inclusivista, assim, provoca uma ampliação na perspectiva educacional, dentro do contexto escolar, já que sua prática não prevê apenas o atendimento aos alunos que apresentam dificuldades na escola. Além disto, o trabalho educacional desenvolvido dentro do paradigma da inclusão apóia a todos os que se encontram envolvidos no processo de escolarização: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral (Mantoan, 1997). A proposta da Inclusão exige uma transformação radical da escola, pois caberá a ela adaptar-se às necessidades dos alunos, ao contrário do que acontece atualmente, quando são os alunos que devem adaptar-se ao modelo e expectativas da escola. Se a meta do processo de Inclusão é que todo e qualquer educando esteja inserido na escola comum, então, a escola inclusivista deve estar preparada para oferecer um ambiente propício ao desenvolvimento das potencialidades de todos os tipos de alunos, com qualquer que seja sua deficiência, diferença, déficit ou necessidades individuais (Werneck, 1997; Semeghini, 1998). Essas novas atitudes e formas de interação na escola dependem de fatores, tais como: o aprimoramento da capacitação profissional dos professores em serviço; a instituição de novos posicionamentos e procedimentos de ensino, baseados em concepções e práticas pedagógicas mais modernas; mudanças nas atitudes dos educadores e no modo deles avaliarem o progresso acadêmico de seus alunos; assistência às famílias dos alunos e a todos os outros que estejam envolvidos no processo de inclusão. Todas estas mudanças, na opinião de Mantoan (1997;1998),não devem ser impostas, ao contrário, devem resultar de uma conscientização cada
vez mais evoluída de educação e de desenvolvimento humano.
Integração
A integração escolar/social pouco ou nada exige da sociedade em termos de modificação de atitudes, de espaços físicos, de objetos e de práticas sociais. A sociedade cruza seus braços e aceita o deficiente desde que ele se torne capaz de adaptar-se ao seu contexto social e às formas de desempenhar os papéis sociais necessários. O processo de integração, nesse modelo, é representado por uma estrutura denominada “sistema de cascata”, em que é oferecido ao deficiente um ambiente menos restritivo possível, em todas as etapas da integração, com a garantia desse aluno poder transitar ao longo do “sistema”. O mainstreaming“ trata-se de uma concepção de integração parcial, porque o sistema de cascata prevê serviços segregados que não ensejam o alcance dos objetivos da normalização. Os alunos que se encontram em serviços segregados raramente se deslocam para outros menos segregados (Mantoan, 1998b). O sistema de cascata e as políticas de integração no modelo mainstreaming, em muitos casos, acabam sendo usados pela escola para ocultar o seu fracasso em relação a alguns alunos, isolando-os e só integrando aqueles que não constituem um desafio à sua competência (Doré et al.,1996). A seleção dos alunos que se enquadram nas situações de mainstreaming é feita utilizando-se um processo de avaliação e seleção (supostamente “objetivo”), que irá apontar quais serão elegíveis para serem integrados. Entretanto, a objetividade desse processo é questionável e os critérios utilizados, em muitos casos, são subjetivos, arbitrários e inadequados para revelar a real condição daquele aluno.
# As escolas têm uma proposta Integracionista ou inclusivista?
A maioria das escolas ainda têm uma proposta Integracionista. Infelizmente, o aluno é que se adaptar às exigências escolares. Ele é considerado único responsável pelo seu fracasso, ou seja, o fracasso não é visto como responsabilidade de todos.
# No âmbito da atuação do professor, o que falta para que cheguemos na realidade da Inclusão Escolar ?
Falta o professor ter consciência quanto à sua responsabilidade pela aprendizagem de seus alunos, sejam eles deficientes ou não. Mas para isso, antes de tudo, é necessário que se abandonem os rótulos, as classificações. À medida que todos os professores acolherem, educarem e ensinarem, respeitando as diferenças individuais, principalmente, estimulando o desenvolvimento da capacidade de seus alunos em aprender a aprender, a Inclusão Escolar poderá se tornar uma realidade.