terça-feira, 25 de maio de 2010

INCLUSÃO X INTEGRAÇÃO

INCLUSÃO
A inclusão Social, segundo Sassaki (1997) refere-se ao “...processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente , estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas,decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos”

INTEGRAÇÃO
A integração escolar, cuja metáfora é o sistema de cascata, é uma forma condicional de inserção em que vai depender do aluno, ou seja, do nível de sua capacidade de adaptação às opções do sistema escolar, a sua integração, seja em uma sala regular, uma classe especial, ou mesmo em instituições especializadas. Trata-se de uma alternativa em que tudo se mantém, nada se questiona do esquema em vigor. Integrar-se é um caminho de mão única: cabe à pessoa com deficiência modificar-se para poder dar conta das exigências da sociedade.

INCLUSÃO X INTEGRAÇÃO
Segundo Werneck, a Integração Escolar remete à idéia de uma inserção parcial e condicionada às possibilidades de cada pessoa, enquanto que o processo de Inclusão refere-se a uma forma de inserção radical e sistemática, total e incondicional, de toda e qualquer criança no sistema escolar comum.

Principais implicações práticas que os dois movimentos suscitaram no ambiente escolar

Inclusão

Nesse sentido, as escolas inclusivas propõem um modo de constituir um sistema educacional que considere as necessidades de todos os alunos e que seja estruturado em virtude dessas necessidades. A proposta inclusivista, assim, provoca uma ampliação na perspectiva educacional, dentro do contexto escolar, já que sua prática não prevê apenas o atendimento aos alunos que apresentam dificuldades na escola. Além disto, o trabalho educacional desenvolvido dentro do paradigma da inclusão apóia a todos os que se encontram envolvidos no processo de escolarização: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral (Mantoan, 1997). A proposta da Inclusão exige uma transformação radical da escola, pois caberá a ela adaptar-se às necessidades dos alunos, ao contrário do que acontece atualmente, quando são os alunos que devem adaptar-se ao modelo e expectativas da escola. Se a meta do processo de Inclusão é que todo e qualquer educando esteja inserido na escola comum, então, a escola inclusivista deve estar preparada para oferecer um ambiente propício ao desenvolvimento das potencialidades de todos os tipos de alunos, com qualquer que seja sua deficiência, diferença, déficit ou necessidades individuais (Werneck, 1997; Semeghini, 1998). Essas novas atitudes e formas de interação na escola dependem de fatores, tais como: o aprimoramento da capacitação profissional dos professores em serviço; a instituição de novos posicionamentos e procedimentos de ensino, baseados em concepções e práticas pedagógicas mais modernas; mudanças nas atitudes dos educadores e no modo deles avaliarem o progresso acadêmico de seus alunos; assistência às famílias dos alunos e a todos os outros que estejam envolvidos no processo de inclusão. Todas estas mudanças, na opinião de Mantoan (1997;1998),não devem ser impostas, ao contrário, devem resultar de uma conscientização cada
vez mais evoluída de educação e de desenvolvimento humano.

Integração


A integração escolar/social pouco ou nada exige da sociedade em termos de modificação de atitudes, de espaços físicos, de objetos e de práticas sociais. A sociedade cruza seus braços e aceita o deficiente desde que ele se torne capaz de adaptar-se ao seu contexto social e às formas de desempenhar os papéis sociais necessários. O processo de integração, nesse modelo, é representado por uma estrutura denominada “sistema de cascata”, em que é oferecido ao deficiente um ambiente menos restritivo possível, em todas as etapas da integração, com a garantia desse aluno poder transitar ao longo do “sistema”. O mainstreaming“ trata-se de uma concepção de integração parcial, porque o sistema de cascata prevê serviços segregados que não ensejam o alcance dos objetivos da normalização. Os alunos que se encontram em serviços segregados raramente se deslocam para outros menos segregados (Mantoan, 1998b). O sistema de cascata e as políticas de integração no modelo mainstreaming, em muitos casos, acabam sendo usados pela escola para ocultar o seu fracasso em relação a alguns alunos, isolando-os e só integrando aqueles que não constituem um desafio à sua competência (Doré et al.,1996). A seleção dos alunos que se enquadram nas situações de mainstreaming é feita utilizando-se um processo de avaliação e seleção (supostamente “objetivo”), que irá apontar quais serão elegíveis para serem integrados. Entretanto, a objetividade desse processo é questionável e os critérios utilizados, em muitos casos, são subjetivos, arbitrários e inadequados para revelar a real condição daquele aluno.

# As escolas têm uma proposta Integracionista ou inclusivista?
A maioria das escolas ainda têm uma proposta Integracionista. Infelizmente, o aluno é que se adaptar às exigências escolares. Ele é considerado único responsável pelo seu fracasso, ou seja, o fracasso não é visto como responsabilidade de todos.

# No âmbito da atuação do professor, o que falta para que cheguemos na realidade da Inclusão Escolar ?
Falta o professor ter consciência quanto à sua responsabilidade pela aprendizagem de seus alunos, sejam eles deficientes ou não. Mas para isso, antes de tudo, é necessário que se abandonem os rótulos, as classificações. À medida que todos os professores acolherem, educarem e ensinarem, respeitando as diferenças individuais, principalmente, estimulando o desenvolvimento da capacidade de seus alunos em aprender a aprender, a Inclusão Escolar poderá se tornar uma realidade.
A INCLUSÃO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

As mudanças rápidas decorrentes da globalização, das novas tecnologias, trouxeram a necessidade de nos adaptarmos para garantimos nosso espaço nesta sociedade marcada pelo capitalismo. Há, portanto uma necessidade de aprender coisas novas, de aprimorar-se, de aperfeiçoar-se. Essa busca pelo conhecimento, em nosso país, que possui grandes distâncias geográficas e crescente utilização de novas tecnologias, vem contribuindo com o fortalecimento da EaD no decorrer dos anos. Muito se tem afirmado no que diz respeito à Educação a Distância. Todavia, para que possamos entendê-la e posteriormente opinar sobre suas vantagens e desvantagens, necessitamos primeiramente, conhecer a evolução da Educação à distância no Brasil: Principais iniciativas e recursos, gerações da Educação a Distância, opinião de autores. Para isso, utilizaremos neste resumo crítico os textos “Breve Histórico da Educação a Distância no Brasil de Marisa Pinheiro Mourão”, e “Educação a Distância no Brasil: lições da história” de Terezinha Saraiva, além dos textos Educação a distância do Site Wikipédia e Educação a distância: concepção e desenvolvimento da Revista da Faculdade de Educação da universidade de Brasília. Segundo a autora, Terezinha Saraiva, a evolução da Educação a distância no Brasil como no mundo, foi marcada com o surgimento e disseminação dos meios de comunicação. Para ela, já vivemos a etapa do ensino por correspondência; passamos pela transmissão radiofônica e, depois, televisiva; utilizamos a informática até os atuais processos de utilização conjugada de meios. Entretanto, também afirma que seja qual for a tecnologia escolhida, a EaD terá que ter sempre uma finalidade educativa. Observando essa trajetória, verificaremos que o conceito Ead não é novo. O marco inicial do EaD no Brasil, se deu em 1922 e 1925, com Roquete Pinto e a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a partir da inserção da radio fusão com finalidade de ampliar o acesso à Educação. Após esta iniciativa surgiram várias outras como a do Instituto Universal Brasileiro e o Instituto Monitor. Eles foram os maiores responsáveis pelo ensino a distância no Brasil, com uma gama de cursos. Tivemos também os cursos supletivos, que tiveram grande aceitação da população que optou por essa formação. Vale lembrar também do Projeto TV Escola, iniciativa do MEC, que já pode ser encontrado em formato digital. A TV Escola é um canal de televisão, via satélite, destinado exclusivamente à educação, lançado nacionalmente em 4 de março de 1996. Seus principais objetivos são o aperfeiçoamento e a valorização dos professores da rede pública de ensino fundamental e médio, e o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem. Segundo diversos autores ( Garrison,1985; Nipper, 1989; Bates, 1995; Moore e Kearsley, 1996) o EaD, pode ser descrito em três gerações, conforme os avanços e recursos tecnológicos e de comunicação de cada época. A primeira geração, de 1850 a 1960. Foi caracterizada pelo ensino por correspondência. Muitos, certamente, lembrarão dele. Foi muito utilizado até os anos 60. Resolvia muitas questões de aprendizado, sobretudo o técnico, mas a interação com professores era pouca ou nenhuma durante o processo, às vezes limitando-se à avaliação final da aprendizagem, sem grande feedback. O pioneiro nesta modalidade, no Brasil, foram os já citados anteriormente, Instituto Monitor em 1939, em seguida o Instituto Universal Brasileiro. A segunda geração, de 1960 a 1985. Foi marcada pela Teleducação e Telecursos que segundo a Wikipedia se caracterizava pelos programas radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vídeo e material impresso, predominando a comunicação síncrona. A radiofusão ofereceu inúmeras possibilidades para a educação a distância, no desenvolvimento de programas de educação formal e não formal. Destacou-se neste período no Brasil, o Projeto Minerva. Já a terceira geração, é a que vivemos atualmente, caracteriza-se por ambientes interativos, como o nosso curso de educação especial. Em nossa geração, presenciamos a eliminação do tempo fixo para o acesso à educação, a comunicação é assíncrona em tempos diferentes e as informações são armazernadas e acessadas em tempos diferentes sem perder a interatividade. Hoje, os principais recursos são os fóruns de discussão, o chat , a teleconferência, o correio eletrônico, webblogs, espaços wiki, plataformas de ambientes virtuais que possibilitam interação multidirecional entre alunos e tutores. Alguns autores como James C. Taylor, não param na terceira geração, citam a quarta e até mesmo a quinta. Para eles, a quarta geração é de 1995 a 2005 (estimado). Ela é caracterizada por múltiplas tecnologias incluindo o começo das tecnologias computacionais de banda larga. A quinta geração seria a atual. Segundo James C. Taylor, é a reunião de tudo o que a quarta geração oferece, mais a comunicação via computadores com sistema de respostas automatizadas, além de acesso via portal a processos institucionais. Enquanto a quarta geração é determinada pela aprendizagem flexível, a quinta é determinada por aprendizagem flexível inteligente. Seja qual for a geração, é importante salientar que todas transcorreram com o relativo sucesso, mas só recentemente, em 1986, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Brasil deu um grande salto na educação a distância, pois nesse período, constituíram-se os primeiros cursos superiores, já regulamentados pelo Ministério da Educação. Apesar de a educação a distância ter como desvantagem o fato dos cursos dependerem muito dos equipamentos utilizados e do conhecimento de informática do aluno, como garantia de sucesso, as vantagens predominam, e a EAD tem crescido muito no Brasil. A maior das vantagens, é de servir como ferramenta de inclusão social, dando a oportunidade aos estudantes que moram distante, aos que têm pouco tempo disponível, aos que apresentem dificuldades de locomoção, possam voltar a estudar, eliminando a rígida fronteira de espaço e tempo que impõe o paradigma da sala de aula tradicional.